Em finais de semestres a vida se torna uma correria o escrever deixa de ser um prazer e se torna em algo obrigatório e chato. Então prefiro colocar aqui uma das poesias que mais tenho lido nesses últimos dias. O mais incrível é que cada vez que leio descubro algo novo!
Quando eu morrer e no frescor de lua
Da casa nova me quedar a sós,
Deixai-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhum de vós!
Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que lindo a Eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...
Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr de sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas...
E um dia a morte há de fitar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto...
Tão cansada e contando as horas pelo meu merecido descanso!
