quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sempre amei poesia e o que me impulsionou mais ainda para esse amor foi um dos melhores poetas que já tive a oportunidade de ler, Mario Quitana.
Em finais de semestres a vida se torna uma correria o escrever deixa de ser um prazer e se torna em algo obrigatório e chato. Então prefiro colocar aqui uma das poesias que mais tenho lido nesses últimos dias. O mais incrível é que cada vez que leio descubro algo novo!


Quando eu morrer e no frescor de lua
Da casa nova me quedar a sós,
Deixai-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhum de vós!


Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que lindo a Eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...


Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr de sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas...


E um dia a morte há de fitar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto...

Tão cansada e contando as horas pelo meu merecido descanso!

Um comentário:

  1. Ai, eu emocionei lendo esse poema...
    Que linda a Eternidade.
    Paulo disse que é bom viver na terra, mas é incomparavelmente melhor a idéia de estar no céu, com o Senhor.

    E eu... "Eu levarei comigo as madrugadas, pôr de sóis, algum luar, asas em mando... mais o rir dos primeiros namorados".

    Essas coisas citadas por Quintana fazem parte da minha vida e eu as aprecio... sem dúvida levarei comigo, quando o Senhor me chamar.

    Amo,
    Anninha

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